Instabilidade de temperatura contribui para quadros virais em crianças

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Verão estendido em julho, quando seria inverno; e tempo instável desde agosto, entrando pela primavera. Sazonalmente, a transição de temperatura contribui para o aumento da incidência de quadros virais em São Paulo. Números dos últimos 30 dias da Secretaria de Estado da Saúde mostram um crescimento de 20% nos atendimentos de pronto-socorro nos hospitais da capital referência de atendimento pediátrico, o Darcy Vargas e o Cândido Fontoura. Durante esse período do ano, segundo o governo, é comum o aumento de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças.

A redução expressiva se deve à base de comparação, tendo em vista que os números anteriores refletem a pandemia da covid-19. Segundo o governo paulista, 35% dos cerca de 550 leitos pediátricos de enfermaria voltados para covid-19 estão ocupados. Em relação aos leitos pediátricos de UTI, a ocupação é de 33% dos 250 existentes.

No Hospital Anália Franco, também da Rede D’or, nos últimos 6 meses, o adenovírus predominou por 2 meses, com apresentação respiratória e/ou gastrointestinal, sendo comum na faixa etária de 2 a 6 anos em média. Atualmente, percebe-se o crescimento dos quadros relacionados ao Influenza, com alteração da faixa etária, em geral acima de 8 anos de idade. “Sem uma grande virulência. A gente não está vendo grandes complicações, [sem] pneumonias associadas”, acrescenta.

Os dados da Prefeitura de São Paulo também mostram a diminuição dos casos de SRAG por adenovírus. De janeiro a setembro, foram registrados 32.362 casos de SRAG, dos quais 417 foram causados por adenovírus, confirmados seja por testes rápidos antígenos (TRA) ou diagnóstico molecular (PCR). Nos últimos 3 meses, os testes positivos para SRAG por adenovírus foram de 65 em julho, 36 em agosto e 27 em setembro.

Prevenção

A Secretaria de Saúde lembra que até 31 de outubro está sendo realizada a Campanha de Multivacinação para atualização da caderneta de vacinação.

“Para quadro viral não tem jeito, é aquele tratamento da avó, né? Dormir bem, comer bem, descansar bastante, e isso aqui acaba funcionando um pouquinho”, disse.

O pediatra disse que a maior preocupação é realmente com a evolução para os quadros de internação.

Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br

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