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A operação teve atuação conjunta da Polícia Federal, Receita Federal e da Agência Nacional de Mineração.
Os investigados tinham forte atuação nas redes sociais, onde ostentavam presença em camarotes, fotos com celebridades, além de viagens.
O esquema funcionava da seguinte forma: os criminosos captavam recursos oferecendo lucro de até 20% ao mês e mais de 300% ao ano. Eles diziam ser sócios de instituições financeiras que na realidade não existiam.
A organização criou duas criptomoedas, sem lastro em dinheiro, e manipulou o mercado para valorizar uma delas em até 38.000% em apenas alguns dias.
Para movimentar o dinheiro, foram utilizadas empresas de fachada, parentes e laranjas. O esquema contou com uma entidade religiosa que movimentou mais de R$ 15 milhões.
Os investigados também inventaram um suposto “ataque hacker”, no fim do ano passado, para não pagar a outros investidores.
Outros países, como Espanha e Panamá, já haviam emitido alertas de que as operações eram pirâmide financeira. Mesmo recebendo reclamações, a organização continuou criando narrativas para não devolver o dinheiro.
Os investigados presos nesta quarta vão responder por crimes contra o sistema financeiro, evasão, lavagem de dinheiro, extração de bem mineral e estelionato. As penas podem chegar a 41 anos de prisão, além de multas ambientais e a perda dos bens.